Professores de Odontologia da UniFTC recebem bolsa de R$ 111,6 mil para realizar estudo sobre polímeros
Os professores de Odontologia do Centro Universitário UniFTC de Salvador, Rafael Soares e Caroline Mathias, ganharam bolsa de R$ 111,6 mil para financiar um estudo sobre polímeros, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) .
A pesquisa “Desempenho clínico, funcional e mecânico de infraestruturas de Poliéter-éter-cetona (PEEK) para próteses parciais removíveis” foi contemplada entre os 1.344 projetos aprovados pelo CNPq. No total, vão participar seis professores: Altair Del Bel Cury, Wander José da Silva e Raissa Marcello Machado, da Unicamp de Piracicaba; Fernanda Faot, da Universidade Federal de Pelotas; Rafael Soares e Caroline Mathias, do Centro Universitário UniFTC de Salvador.
O projeto é sobre PEEK, abreviatura inglesa de Poli ether ether Ketone, em português Poli(éter-éter-cetona). É um polímero termoplástico orgânico incolor, biocompatível e que possui propriedades de resistência térmica, mecânica e química. PEEK comumente é utilizado na indústria médica, aeroespacial, automotiva, elétrica e em semicondutores. Assim sendo, o estudo visa avaliar esse desempenho clínico, funcional e mecânico do polímero.
Inicialmente serão feitas simulações computacionais de diferentes modelos de próteses que serão comparados aos materiais convencionais de estrutura metálica. Após isso, os modelos serão confeccionados e testados laboratorialmente em relação a resistência à fadiga, para que haja um entendimento acerca da durabilidade das reabilitações. Por fim, alguns pacientes usarão as próteses convencionais enquanto outros usarão a prótese polimérica e ambos serão acompanhados por um tempo.
“Não só no Brasil, mas como no mundo, ainda existe grande parcela da população desdentada parcial ou total necessitando de tratamentos protéticos. Na maioria das vezes, o processo de confecção de uma prótese parcial removível envolve estruturas metálicas que acarretam maior peso à prótese, além de etapas de grande dependência do trabalho manual”, explica Rafael Soares.
A importância desse estudo para a população é trazer próteses mais leves, cômodas, rápidas e mais adaptáveis aos pacientes, além de ampliar o uso da impressão 3D. E é justamente este o movimento para o futuro: que possa haver disponibilidade de próteses com outras opções de materiais, que sejam mais baratos e mais rápidos para confeccionar, assim como espera-se que tenham maior conforto e durabilidade.