Evento online evidencia importância das práticas integrativas e complementares na prevenção de doenças
Reconhecidas pelo Ministério da Saúde, as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para prevenir diversas doenças ou atuar como tratamentos paliativos. O assunto foi tema do 8º Simpósio de Fisioterapia do Centro Universitário UniFTC de Salvador (Paralela), realizado na última quarta-feira, 27, em ambiente virtual.
O evento teve as participações da fisioterapeuta Alana Oliveira Mangabeira, que abordou o tema “Autoconhecimento: O caminho até você, um olhar pelas Barras de Access”, da fisioterapeuta Josânia Fernades Azevedo, que compartilhou informações sobre a técnica Reiki, e da fisioterapeuta e especialista em PICs, Taiane Silva de Carvalho, que ministrou sobre o tema “Fitoterapia e Acupuntura na promoção de saúde”. Mais de 70 pessoas, entre alunos dos cursos de Fisioterapia, Medicina e Enfermagem da UniFTC, além de profissionais e entusiastas, acompanharam e interagiram durante a programação.
“A oitava edição do Simpósio foi extremamente produtiva”, destacou a professora Naiara Pimentel, mestre e docente do curso de Fisioterapia da UniFTC e uma das organizadoras do Simpósio. “As Práticas Integrativas e Complementares podem ser acessadas por todos os indivíduos para que a gente tenha outra noção do sistema de saúde e não apenas procurar assistência quando se está doente”, afirmou Naiara.
Brasil é líder na oferta dessa modalidade na atenção básica
Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas.
Um destes profissionais habilitados é o mestre em Reiki, técnica que tem origem no Japão e se baseia na prática de imposição das mãos através de toque ou aproximação para estimular mecanismos naturais de recuperação da saúde, como descreveu a fisioterapeuta Josânia Fernades Azevedo. “O Reiki não possui contra indicação e não precisa necessariamente ser receitado por nenhum profissional da saúde”, explicou. “Seus benefícios vão além do físico. Equilibra as energias corporais, órgãos, glândulas e suas funções, alivia a dor, reduz o stress, amplia o potencial de recuperação natural da saúde, libera bloqueios e emoções reprimidas, fortalece o sistema imunológico, permite um relaxamento profundo entre outros milhares de favorecimentos”, contou.
A fisioterapeuta explicou ainda que desde que a técnica é usada, antes mesmo de alguma patologia ou algum diagnóstico, o paciente desenvolve um padrão emocional elevado ao ponto de prevenir que sua ‘doença chegue no corpo’. “O segredo é despertar para o auto conhecimento, existe um mundo dentro de nós ainda não explorado”, destacou Josânia.
Atualmente, o Ministério da Saúde oferece uma lista de 29 procedimentos de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o que tornou o Brasil país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Esta realidade ajudou a popularizar as práticas, que foram absorvidas por diversos profissionais, inclusive fisioterapeutas.
“Trazer as PICs para a Fisioterapia, desde a graduação, é necessário para despertar o raciocínio holístico, o olhar mais humanizado e desmistificar muitas crenças do fisioterapeuta”, disse a palestrante Taiane Silva de Carvalho. “Devemos tratar a pessoa e não a patologia, cada indivíduo traz consigo uma história, uma bagagem emocional que jamais deve ser desprezada durante a avaliação e as condutas fisioterapêuticas. Um bom fisioterapeuta deve estudar todos os aspectos”, conclui.