Odontóloga da UniFTC orienta como lidar com a ansiedade infantil no consultório

Odontóloga da UniFTC orienta como lidar com a ansiedade infantil no consultório

Foto: Arquivo da UniFTC

Medo e ansiedade infantil. A questão do medo, é algo natural na criança em seu processo de desenvolvimento. Medo de fogo, de cair, de ir ao dentista… Sempre algo real. A ansiedade é provocada pelo desconforto de não saber o que vai acontecer. Neste caso, os pais são fundamentais para lidar com isso. Mas como lidar com esses sentimentos no consultório odontológico, principalmente nesse momento de distanciamento social, por conta da pandemia?

“É preciso cuidado. Quando a criança vai ao dentista, os pais devem prepará-los. Às vezes eles dizem ‘não precisa ter medo’ e só isso já desperta a sensação do medo”, explica a odontóloga, professora e coordenadora do curso de Odontologia do Centro Universitário UniFTC de Feira de Santana, Aline Vilas Boas. Ela vive essa situação com frequência, na prática do consultório, e afirma que é preciso dar o tempo da criança. 

De acordo com Aline, “às vezes os pais são mais ansiosos e geram ansiedade na criança”, diz a professora, reforçando que essa possibilidade é fundamentada pela literatura da área. A especialista explica que existem vários tipos de ansiedade no ambiente do consultório odontológico, “por isso tem que ter o tempo do reconhecimento do espaço, antes do atendimento em si”, ressalta.

Na pandemia, quando é necessário utilizar equipamentos de biossegurança, o cuidado deve ser ainda maior. “Antes nos vestíamos na hora, agora não, temos que usar estratégias.  Estamos desenvolvendo materiais didáticos, fazemos vídeos”, conta, reforçando que a família precisa estar junto, preparando a criança para esse momento. “Vídeo chamada antes do atendimento é uma das estratégias utilizadas”, diz.

Na Clínica Odontológica, onde os estudantes têm contato com a prática, a orientação é usar a tecnologia e a criatividade nesse processo de adaptação à nova realidade. Aliado aos cuidados e às técnicas, é preciso estar atento aos detalhes. “Pergunta que não se deve fazer: está doendo? Se quiser falar, levante a mão, mas nunca falar em dor”. Nessa busca por alternativas lúdicas durante o procedimento, vale até cantar e contar histórias.

Alternativas também são procuradas para manter o ritmo de aprendizado dos alunos. “A UniFTC investiu bastante em tecnologia. Trabalhamos com novidades, casos clínicos, simulações, tudo para manter o rigor pedagógico e aplicar novas metodologias”, afirma Aline, que reconhece que o cenário é desafiador. “Já estamos nos preparando com todos os protocolos de biossegurança para professores, alunos e colaboradores. Estamos nos reinventando”, assegura.

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